Agronegócio
O preço da arroba do boi gordo teve uma expressiva valorização em Mato Grosso. Um levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que nos últimos 4 anos, o incrementou chegou a 54%. Em junho de 2010 o valor estava em R$ 75, pulando para R$ 115 atualmente. A alta é reflexo da venda de matrizes.
Segundo reportagem de A Gazeta, o elevado abate de fêmeas acompanha a bovinocultura de corte mato-grossense há pelo menos 3 anos, com fortes indícios de que vai continuar. O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José João Bernardes, explica que houve uma valorização grande da carne em Mato Grosso com o aumento do venda de matrizes que resultou na baixa oferta de bezerros. “Estamos iniciando no Estado um ciclo de valorização, esses fatores todos conjugados acarretam na valorização num período de 5 anos”.
Em números, de janeiro a maio de 2014 foi abatido um total de 1,18 milhão de fêmeas, 8,77% a menos que no mesmo período de 2013. “A tendência é que haja uma estabilidade nos preços já que a falta de bezerros não é suprida em curto prazo. Essa média de preço pode continuar pelos próximos 2 anos, pode ser também que tenhamos preços ainda maiores já que o valor da carne não acompanha a inflação. Se isso acontecer teremos a arroba do boi sendo vendida a aproximadamente R$ 130”.
Tudo indica que as cotações do bovino continuarão mais altas este ano. O Valor Bruto da Produção (VBP) da pecuária de corte em Mato Grosso também cresce. Entre 2010 e 2014 houve incremento de 20% no VBP da pecuária estadual. O valor é resultado da multiplicação do volume produzido pelo preço de mercado, e deve atingir R$ 11,385 bilhões este ano ante a de R$ 9,444 bilhões de 2010.
Efeito copa- A Copa do Mundo veio em bom momento para Mato Grosso. Historicamente a variação de preços no atacado da carne bovina da última semana entre maio e junho é 0,62% positiva. Não só a indústria mas também o produtor pode comemorar já que os preços subiram 3% nos 10 primeiros dias de cotação de junho de 2014.
Fonte: Agronotícias (foto: Lenine Martins)
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