19 de abril de 2024

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À CPI, delegado detalha esquema que sonegou R$ 50 mi em MT

Foto por: G1mt

O delegado Walter de Mello Fonseca Júnior, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), voltou a ser ouvido nesta segunda-feira (13) por deputados estaduais na CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Esta é a segunda vez que ele presta esclarecimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito.

Melo foi à ALMT para falar sobre a Operação Mustela Putorius, deflagrada no fim de julho deste ano, que investiga a sonegação fiscal praticada na circulação de carga de grãos de Mato Grosso para o estado de Goiás

Os destinos seriam indústrias esmagadoras de grãos.

As investigações apontaram que um servidor contratado montou um esquema que monitorava a rotina do posto de fiscalização de Barra do Garças para facilitar a passagem de mercadorias sem notas fiscais. Até comerciantes da região participariam da rede de informações que avisava quando era mais fácil passar pelo posto fiscal. Com isso, de 15 a 20 caminhões furavam a fiscalização por dia.

Para o delegado, a fraude só foi possível por causa da falta de estrutura física e humana, ou seja, por falta de pessoas para trabalhar. O prejuízo levantado até então seria de aproximadamente R$ 50 milhões.

Na operação do fim de julho, a polícia cumpriu 31 mandados judiciais. Entre eles, a apreensão de celulares. A polícia está investigando os conteúdos de conversas entre os envolvidos. O inquérito ainda não está concluído.

O delegado informou que a primeira fase identificou apenas os envolvidos na parte operacional do esquema. A polícia ainda procura quem seriam os maiores beneficiados. A suspeita é que sejam transportadoras, corretores e produtores de grãos.

Em maio, Walter Melo foi ouvido na CPI da ALMT sobre as operações Crédito Podre e Fake Paper. A primeira, deflagrada em dezembro de 2017, começou depois que a fiscalização percebeu que muitos grãos estavam saindo do estado sem recolhimento do ICMS - a sonegação teria chegado a R$ 140 milhões. A segunda, em outubro de 2019, foi para combater uma quadrilha que emitiu R$ 337 milhões em notas frias por meio de empresas de fachada.

CPI da Renúncia Fiscal

A CPI foi instalada no dia 12 de março de 2019 para investigar indícios de sonegação de impostos e renúncias fiscais indevidas em Mato Grosso. A Comissão é subdividida em cinco sub-relatorias: mineração, agronegócio, combustíveis, frigoríficos e incentivos fiscais.

Fonte: G1mt

Escrito por: G1mt

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