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Defesa de Jair Bolsonaro precisa apresentar programação e data pretendida para a realização da cirurgia eletiva
Às vésperas de completar um mês preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vive a expectativa de definição da data para se submeter a uma cirurgia autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A realização do procedimento depende agora da defesa, que ainda precisa informar ao Judiciário a programação e a data prevista para a intervenção.
Na mesma decisão que autorizou a cirurgia, Moraes negou o pedido da defesa para a conversão da pena em prisão domiciliar, argumentando que a legislação prevê esse benefício apenas para condenados em regime aberto, o que não se aplica ao caso.
O ministro Alexandre de Moraes analisou o laudo da Polícia Federal que aponta a necessidade de reparo cirúrgico em caráter eletivo e autorizou a realização do procedimento, desde que previamente agendado. Na decisão, o magistrado ressaltou que a intervenção não tem caráter de urgência.
Após a manifestação da defesa, o processo será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá prazo de 24 horas para se manifestar.
Segundo o laudo, embora não se trate de uma emergência, os peritos da PF recomendaram que o procedimento seja feito o mais breve possível, diante da piora do quadro clínico e do risco de complicações caso haja agravamento da condição.
Bolsonaro está preso desde 22 de novembro, após a condenação a 27 anos e 3 meses de prisão no processo relacionado à trama golpista. Ele cumpre pena em regime fechado.
Hérnia inguinal bilateral
A perícia médica do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal concluiu que o ex-presidente apresenta hérnia inguinal bilateral, condição que atinge os dois lados da região da virilha. A hérnia ocorre quando uma parte do intestino ou de outro tecido interno “escapa” por um ponto enfraquecido da musculatura do abdômen, formando um caroço ou inchaço que pode causar dor e desconforto.
Exames realizados em agosto de 2025 não indicavam a presença da doença. Em novembro, médicos identificaram clinicamente uma hérnia em apenas um dos lados. Relatórios posteriores mantiveram o diagnóstico e, em dezembro, exames de imagem confirmaram que a condição passou a afetar ambos os lados da região inguinal.
Segundo os peritos, a piora do quadro pode estar relacionada ao aumento da pressão dentro do abdômen, associado a episódios de soluços persistentes e tosse crônica relatados por Bolsonaro. Também foram registrados desconforto na região da virilha, dificuldades para dormir e problemas na alimentação. Apesar desses sintomas, o laudo destaca que não houve, até o momento, complicações graves.
Fonte: METRÓPOLES
Escrito por: Giovanna Estrela
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