25 de abril de 2024

Nova Ubiratã

Meio Ambiente

Desmatamento da Amazônia Legal cai 18% em um ano, segundo governo

O desmatamento da Amazônia Legal caiu 18% entre agosto de 2013 e julho de 2014 em relação ao período anterior, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, que divulgou os dados na quarta-feira (26).



As informações são do sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, e representam o índice oficial de desmatamento do governo federal. Ele avalia os meses que integram o chamado "calendário do desmatamento", relacionado com as chuvas e atividades agrícolas.



Em números absolutos, o bioma perdeu 4.848 km² de vegetação. Em 2013, o desmatamento da Amazônia foi de 5.891 km², um acréscimo de 28,8% em relação a 2012, quando o Ministério registrou 4.571 km² desmatados.



Muita gente especulou muita coisa. Sistemas não oficiais que circulam apontaram aumento do desmatamento. A taxa Prodes é a taxa oficial do país. E está aí a taxa. [...] Não posso misturar informações"



Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente Em outubro, a ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém,havia divulgado tendência de crescimentono desmate em levantamento independente. Segundo a organização, ficou constatada alta de 191% no desflorestamento em agosto e setembro de 2014, em relação ao bimestre de 2013.



Mas para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, não é possível relacionar a informação da ONG com a do governo, já que são metodologias diferentes. “O governo não trabalha com especulação. Eu trabalho com trabalho”, disse. “Muita gente especulou muita coisa. Sistemas não oficiais que circulam apontaram aumento do desmatamento. A taxa Prodes é a oficial do país. E está aí a taxa. [...] Não posso misturar informações. Uma coisa é informação do IBGE, outra coisa é pesquisa de um pesquisador", ressaltou.


Diferenças entre sistemas

Existem diferentes sistemas de monitoramento do desmatamento da Amazônia. Todos eles são feitos por técnicos que observam imagens de satélite seguindo diferentes metodologias. O Prodes, divulgado nesta quarta, é o dado oficial anual, mais preciso. O Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real) é produzido mensalmente pelo Inpe e, como é mais rápido, não se destina a medir áreas, mas detectar focos de derrubadas de floresta para que as autoridades sejam acionadas a tempo.



Um outro sistema, chamado SAD, é feito pelo Imazon, também mensalmente, mas, por ser de uma ONG, não é reconhecido pelo governo. Os números desses três sistemas, por serem gerados com métodos distintos, não podem ser comparados entre si.



Izabella ressaltou a diferença entre o Deter e o Prodes. Entre agosto de 2013 a julho de 2014, o primeiro apontou alta de 9% na perda de vegetação amazônica em comparação com o período anterior. Já o segundo, divulgado nesta quarta, indicou redução.



"São duas metodologias distintas. O Deter não é feito para fazer medição de desmate, mas para gerar alertas de possíveis áreas de desmatamento. A resolução dele é menor em relação ao Prodes", disse Izabella.



De acordo com o ministro da Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina, o governo "não segurou" informações sobre o desmatamento. "Fiz absoluta questão de divulgar a informação assim que ela chegasse. Agora, todo mundo pode criticar, sugerir. A equipe do Inpe está aí para isso", afirmou.

Fonte: G1

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