17 de novembro de 2025

Nova Ubiratã

Polícia

Rio de Janeiro vive cenário de guerra: 64 mortos e 81 presos em megaoperação contra o crime organizado

Operação mais letal da história do Rio deixa 64 mortos, incluindo quatro policiais; governador Cláudio Castro afirma que o estado atua “sozinho em meio a um cenário de guerra” após

Durante a coletiva, o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, recebeu a informação da prisão de Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como “Belão do Quitungo”, apontado como braço direito de Edgard Alves de Andrade, o “Doca”, uma das principais lideranças do Comando Vermelho no Complexo da Penha. Belão é suspeito de atuar no tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e confrontos com grupos rivais.

As autoridades também confirmaram que criminosos lançaram bombas por drones contra policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), tropa de elite da Polícia Civil, em retaliação à ofensiva.

A megaoperação foi deflagrada para cumprir 51 mandados de prisão contra integrantes da facção. A ação contou com o apoio do Bope, da Core, da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e do Gaeco (Ministério Público do Rio de Janeiro).

De acordo com o MPRJ, a investigação denunciou 67 pessoas por associação para o tráfico e outras três por tortura. O órgão apontou que o Complexo da Penha é uma das principais bases estratégicas do projeto expansionista do Comando Vermelho, devido à proximidade com vias expressas e rotas de escoamento de drogas e armamentos.

O denunciado Edgard Alves de Andrade, o Doca, é apontado como o líder da facção na região e em comunidades da Zona Oeste, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento, algumas recentemente disputadas com grupos milicianos.

Segundo a denúncia, os líderes Pedro Paulo Guedes (Pedro Bala), Carlos Costa Neves (Gadernal) e Washington César Braga da Silva (Grandão) também atuam na cúpula do CV, sendo responsáveis por ordenar execuções, controlar o tráfico e a segurança armada nas comunidades. Outros 15 homens foram denunciados como gerentes do tráfico e operadores logísticos.

A denúncia foi recebida pela 42ª Vara Criminal da Capital, e os mandados de prisão foram expedidos pelo Judiciário fluminense.

Com o saldo trágico, a operação reacende o debate sobre o uso da força policial, o papel da União no apoio à segurança pública do Rio e a efetividade das ações de enfrentamento ao crime organizado em um estado que, segundo o próprio governador, “vive um cenário de guerra”.

Fonte: METRÓPOLES

Escrito por: Redação

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