O Ministério da Saúde (MS) suspendeu a transferência de recursos para 12 cidades de Mato Grosso. O bloqueio do repasse foi por conta de irregularidades nos programas Saúde da Família e Saúde Bucal. Foi interrompido ainda o pagamento de agentes comunitários de saúde que apresentaram duplicidade no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde.
De acordo com o ministério, os municípios infringiram a regra para cadastramento de profissionais de saúde, acumulando mais de dois cargos ou empregos públicos e cadastrando os profissionais em mais de uma equipe do programa. Os profissionais eram responsáveis pelo acompanhamento das famílias da comunidade. Promovendo a saúde atuando na prevenção, recuperação e reabilitação de doenças, e também na manutenção.
Os municípios que tiveram os repasses bloqueados foram: Alta Floresta (803 km ao norte de Cuiabá), Castanheira (779 km a noroeste de Cuiabá), Colniza (1.065 km a noroeste de Cuiabá), Conquista D'Oeste (571 km a oeste de Cuiabá), Indiavaí (367 km a oeste de Cuiabá), Marcelândia (710 km a norte de Cuiabá), Matupá (695 km a norte de Cuiabá), Novo São Joaquim (485,2 km a leste de Cuiabá) Porto Estrela (194 km a médio-norte de Cuiabá), Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), Santo Antônio de Leverger (34 km ao sul de Cuiabá) e Vale de São Domingos (491 km a oeste de Cuiabá).
Segundo a assessoria da terceira maior cidade do Estado, Rondonópolis, o município tem ao todo 36 unidades de PSF e nenhuma atividade parou por conta da suspensão. De acordo com a Secretaria de Saúde, a irregularidade ocorreu na gestão passada, porém situação está regular, falta apenas o MS dar baixa das informações.
O secretário de Saúde de Matupá, Renato Fernandes de Souza, afirmou que o MS ainda não entrou em contato com o município. A administração passada deixou pendências e por isso estamos sendo punidos por algo que não fizemos. Até então, nem a secretaria estadual tem muitas informações, vamos esperar comunicado oficial do ministério e ver o que pode ser feito.
Em Alta Floresta a secretária de Saúde do município afirmou já estar ciente da situação e apurando os fatos. O DIÁRIO tentou também entrar em contato com outros municípios, mas não obteve resposta.
BRASIL O Ministério da Saúde registrou quatro municípios com as mesmas irregularidades no Acre, oito em Alagoas, cinco no Amazonas, um do Amapá, 75 na Bahia, 40 no Ceará, cinco em Espírito Santo, sete em Goiás, 64 no Maranhão, 62 em Minas Gerais, quatro em Mato Grosso do Sul, 12 em Mato Grosso, 19 no Pará, 22 na Paraíba, 35 em Pernambuco, 13 no Piauí, 20 no Paraná, nove no Rio de Janeiro, 15 no Rio Grande do Norte, um em Rondônia, dois em Roraima, 13 no Rio Grande do Sul, 13 em Santa Catarina, 13 em Sergipe, nove em São Paulo, e oito em Tocantins.